XIV
Encontro de Produção Científica da Psicologia da PUC Goiás
e II Congresso
de Psicologia do Cerrado (Conpcer)
Credenciamento
Hall de Entrada do Bloco C – Área IV
De
23 a 26/09/2014
Programação
Conferências,
Mesas Redondas, Apresentações Orais e Minicursos
22
Setembro 2014 – Segunda-Feira
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17:45 – 18:20h Abertura Solene – Teatro da PUC (Campus V) – Jardim Goiás
18:30 – 20:00h Conferência – Teatro da PUC (Campus V) –
Jardim Goiás
Conferencista
Convidado
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Violação de
direitos humanos: tráfico de pessoas
Fernanda dos Anjos
(Diretora do Departamento de Justiça,
Classificação, Títulos e Qualificação – Secretaria Nacional de Justiça /
Ministério da Justiça)
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20:00
– 22:00
·
Lançamento de livro: Tráfico de pessoas: Reflexões para a Compreensão do Trabalho Escravo Contemporâneo.
Autora: Profª. Ms. Marina Novaes
·
Coquetel de boas-vindas Hall do Teatro da PUC
(Campus V) – Jardim Goiás
23 Setembro 2014 –
Terça-Feira
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07:30 – 09:30h Auditório Área IV
Mesa
Redonda
Psicologia Escolar: propostas de
atuação na educação básica
Coordenadora:
Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana - PUC Goiás
O
objetivo desta mesa-redonda é apresentar trabalhos realizados no âmbito da
psicologia escolar com foco em propostas de atuação na educação básica. Os
trabalhos foram realizados na disciplina de Estágio Básico em Psicologia
Escolar e Educacional e tiveram como objetivo inicial a realização de uma
análise da escola por meio de observações, entrevistas e aplicação de
questionários. Os resultados das análises evidenciaram temáticas recorrentes
no contexto escolar que geram dificuldades ao processo ensino-aprendizagem,
tais dificuldades podem ser trabalhadas em projetos que envolvam a atuação do
Psicólogo Escolar. Dessa forma, serão apresentados trabalhos que discutem
possibilidades de atuação do Psicólogo Escolar no contexto educativo com
vistas a investigar e contribuir com o processo ensino-aprendizagem. Tais
trabalhos são: 1) A análise institucional como um processo interventivo do
Psicólogo Escolar; 2) O professor e as relações interpessoais no contexto
escolar; 3) Inclusão escolar: desafios e possibilidades; 4) Violência na
escola pública: aspectos sociais, políticos e relacionais; 5) As
características do processo educativo na escola noturna.
Palavras
chave: psicologia escolar, educação básica, análise institucional.
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A
análise institucional como um processo interventivo do psicólogo escolar
Andressa
Tavares, Ketlyn Raiane Xavier, Prof.ª Ms. Juliana Soares Dias
PUC
Goiás
A escola é umas das instituições
sociais que faz parte da formação, do desenvolvimento e da mediação do
sujeito com a sociedade. O presente trabalho objetiva mostrar como um
Psicólogo Escolar pode atuar e criar estratégias que contribuam com a
qualificação da escola a partir de um processo de análise institucional.
Estudiosos que atuam e pesquisam na área de psicologia escolar propõem o
desenvolvimento de uma análise institucional como ação primeira do Psicólogo
na escola, abrangendo a totalidade da instituição, a saber: o projeto
pedagógico da escola; a infraestrutura da instituição; as características da
gestão, de professores e alunos, dentre outras. Foram feitas seis visitas a
uma escola estadual de Goiânia e realizadas observações e entrevistas
semiestruturadas com os profissionais e os alunos, resultando em uma análise
parcial da escola. Na análise foram identificadas questões que favorecem e
outras que dificultam o processo ensino-aprendizagem, evidenciando
possibilidades de atuação do psicólogo escolar.
Palavras chave: análise
institucional, psicologia escolar, processo ensino-aprendizagem.
Inclusão
escolar: desafios e possibilidades
Alessandra
Lopes Pereira, Isabella Martins de Andrada, Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane
Santana
PUC Goiás
O objetivo
deste trabalho é discutir a atuação do Psicólogo Escolar no processo de
inclusão, considerando os desafios e as possibilidades existentes. A inclusão
escolar atualmente é um tema muito discutido nos contextos educativos, uma
vez que existem políticas em vigência que determinam a implantação de
projetos que visem a inclusão de pessoas com deficiência nas escolas. As
discussões ocorrem em uma sociedade que é caracterizada pela exclusão social,
nesse cenário, é importante compreender quais são as condições que favorecem
ou não a inclusão escolar. Na disciplina de Estágio Básico em Psicologia
Escolar foram realizadas visitas a uma escola pública com o objetivo de
elaborar uma análise da instituição por meio de observações do espaço físico
e das aulas, bem como entrevistas com professores e com os alunos. Nas
análises destacaram-se as dificuldades enfrentadas com os alunos do projeto
de inclusão, envolvendo questões ideológicas, pedagógicas e relacionais,
evidenciando possibilidades de contribuição do Psicólogo Escolar.
Palavras
chave: psicologia escolar, inclusão escolar, políticas educacionais.
Violência
na escola publica: aspectos sociais, políticos e relacionais
Larissa
Rodrigues Vieira, Glenda Fernandes Nascimento Magalhães,
Prof.ª
Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC
Goiás
As escolas públicas brasileiras
vivem, na atualidade, um cotidiano que atemoriza, adoece e exclui os
indivíduos, considerando as condições sócio-culturais e econômicas de cada
um. Nesse sentido, há professores que ensinam de forma comprometida com a
educação e outros que não conseguem se envolver; há alunos que aprendem e
outros que, além de não aprender, não conseguem se relacionar de forma
saudável no contexto escolar. E ainda é necessário destacar o tipo de
violência política que atinge a escola pública, ou seja, o descaso político
com as condições estruturais e humanas das instituições educativas. Esse
cenário foi observado na análise institucional que foi realizada em uma
escola pública de Goiânia, e este trabalho discutirá os resultados dessa
análise, focalizando aspectos das relações interpessoais. Serão apresentadas
propostas de atuação do Psicólogo Escolar visando contribuir com mudanças nas
situações de violência escolar, a partir de um compromisso político com a
qualidade de vida das pessoas.
Palavras chave: psicologia
escolar, violência escolar, escola pública.
As
características do processo educativo na escola noturna
Wendell
Noronha Amorim, Zaine Oliveira Lima, Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC
Goiás
A Psicologia escolar objetiva
contribuir com a otimização do processo educativo, sendo este um processo
complexo de transmissão cultural e de desenvolvimento do ser humano. Os
estudos sobre a escola demonstram inúmeros problemas e ao se voltar para a
escola que funciona no período noturno, tais problemas são acrescidos de
questões relacionadas às condições de cansaço de professores e alunos. Este
estudo apresentará a análise realizada em uma escola pública noturna que
atende alunos do ensino médio. A análise foi realizada por meio de
observações na escola, entrevistas com profissionais da escola e questionário
aplicado aos alunos. As informações construídas indicam que além das
dificuldades no processo educativo, envolvendo cansaço e desmotivação,
existem problemas relacionados à dificuldade de comunicação entre
funcionários, professores e alunos, e ainda destacou-se o uso de drogas na
escola. Nesse contexto, serão apresentadas possibilidades de atuação do
Psicólogo Escolar com foco no atendimento às características e necessidades
da escola noturna.
Palavras chave: psicologia
escolar, escola noturna, processo educativo.
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09:45 – 12:00h Auditório Área IV
Mesa
Redonda
Abordagem
funcional, operações experimentais e aplicações no contexto clínico
Coordenador
(a): Prof.ª Dr.ª Ilma A. Goulart de Souza Britto - PUC Goiás
Este
trabalho apresenta os instrumentos conceituais das abordagens tradicional e
funcional para examinar as ações humanas mais complexas. Essas abordagens
divergem quanto aos seus pressupostos, princípios básicos, metodologias e
práticas para estudar o fenômeno comportamental. A abordagem tradicional
localiza suas causas dentro da pessoa sendo o comportamento considerado o
indício ou sintoma aparente. Já a abordagem funcional localiza a causa do
comportamento nas relações que o individuo estabelece com o seu ambiente.
Portanto, a abordagem tradicional foca em construtos deduzidos não
observáveis, enquanto a funcional foca no observável, medido e quantificável.
Partindo dos estudos pioneiros desenvolvidos por B. F. Skinner e seus
seguidores, o conceito de comportamento adquire relevância com a extensão de
seu uso aos fenômenos psicopatológicos e, em especial a esquizofrenia.
Palavras
chave: abordagens funcional e tradicional, comportamento, esquizofrenia.
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Abordagem
funcional das ações humanas mais complexas
Prof.ª
Dr.ª Ilma A. Goulart de Souza Britto - PUC Goiás
Operações
experimentais para obtenção de dados para uma avaliação funcional
Prof.ª
Ms. Roberta Maia Marcon - PUC Goiás
Partindo da abordagem funcional
entende-se que o comportamento – até mesmo o comportamento bizarro do
indivíduo diagnosticado como esquizofrênico – deve ser compreendido no
contexto das relações funcionais. Para examinar essas relações, sugere-se o
emprego de atividades comumente conhecidas na prática clínica, tal como
entrevista, observação. Além disso, é necessária uma avaliação funcional
experimental que inclua a manipulação sistemática de variáveis por meio de
condições na presença de operação motivadora e operação de reforçamento
positivo e negativo. Desse modo, este trabalho enfocará o emprego de
operações experimentais como uma forma de obtenção de dados para a avaliação
funcional e, consequentemente, planejamento da intervenção.
Palavras chave: avaliação
funcional experimental, operação motivadora, operação de reforçamento.
Aplicações
no contexto clínico analítico comportamental
Prof.ª
Ms. Paula Virgínia Oliveira Elias - PUC Goiás
As pesquisas experimentais
realizadas com animais, bem como pesquisas com humanos, geram subsídios para
explicações sobre o comportamento e, consequentemente, auxiliam na atuação do
clínico analista do comportamento. As comparações realizadas entre os
comportamentos de animais e humanos levam a valiosas fontes de observação das
diferenças e semelhanças comportamentais. Para que haja um parâmetro de
comparação e para que sejam verificados tais fatores faz-se necessário
conhecer as fontes de controle de tais comportamentos. As semelhanças
indicadas são múltiplas. Podem ser citados os estudos Desamparo Aprendido
(Seligman, 1977) e a Supressão Condicionada (Estes e Skinner, 1941) como
experimentos clássicos que despertaram comparações inevitáveis. Assim, nesse
trabalho serão apresentados os dados referentes a ambas as pesquisas experimentais
e dados de casos clínicos que apontam semelhanças entre respostas emitidas.
As conclusões remetem a algumas convergências e indicam possibilidades de controles
ambientais específicos.
Palavras chave: pesquisas
experimentais, comportamento humano e animal, aplicações clínicas.
Análise
Aplicada do Comportamento na alfabetização de crianças
com
dificuldades de aprendizagem
Leandro
Schroder de Paula, Prof.ª Ph.D. Ângela
Maria Menezes Duarte - PUC Goiás
Torna-se cada vez mais
frequente queixas relacionadas à dificuldade escolar, assim como o debate
deste tema no meio acadêmico. Estudos apontam que 40% dos estudantes
brasileiros apresentam dificuldades no processo de aprendizagem da língua
escrita, sendo um dos fatores, a inadequação do método de ensino atualmente
utilizado no processo de alfabetização. Analistas do Comportamento tem
desenvolvido estratégias para maximizar o desempenho dos alunos em aprender,
assim como dos professores em ensinar, utilizando-se de princípios como
modelagem, modelação, esvanecimento, condicionamento, esquemas de
reforçamento e extinção. Este estudo se propõe a alfabetizar duas crianças
utilizando-se da Analise Aplicada do Comportamento, ensinando-as a
discriminar os estímulos “letras” e responder funcionalmente, visando
primordialmente uma aprendizagem sem erros e priorizando a compreensão da leitura.
Palavras chave: Análise
aplicada do comportamento, dificuldades de aprendizagem, Dislexia, crianças,
leitura.
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09:45 – 12:00h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações
Orais
Coordenador:
Prof.ª Ms. Andréa Batista Magalhães - PUC Goiás
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Gestantes
de alto risco: nível de depressão durante o período de internação hospitalar
Leulaine
Reis Silva, Prof.ª Ms. Andréa Batista Magalhães,
Marilei
Francisca da Silva Rodrigues
PUC
Goiás
O período gravídico-puerperal
pode ser a fase de maior incidência de transtornos psíquicos na mulher. A
intensidade das alterações psicológicas dependerá de fatores familiares,
conjugais, sociais, culturais e da personalidade da gestante (Falcone, Mader,
Freitas, Mota e Nóbrega 2005). Este trabalho investigou o nível de depressão
em gestantes de alto risco durante o período de internação no Hospital das
Clínicas; as manifestações psíquicas e comportamentais, a compreensão do
diagnóstico, adesão ao tratamento e interação de gestantes de alto risco com
a equipe multiprofissional. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista
semiestruturada, Inventário de Depressão de Beck e Roteiro de Avaliação
Psicológica aplicada ao Hospital Geral. A amostra foi de 20 participantes,
entre 18 a 35 anos, internadas na Maternidade do Hospital das Clínicas. Os
resultados obtidos mostraram a existência de comportamentos depressivos,
oscilando desde o nível mínimo (20%) até aos mais significativos: leve (50%)
moderado (20%) e grave (10%).
Palavras chave: gravídico,
depressão, internação, manifestações, adesão.
Ansiedade
e depressão em mulheres com dor pélvica crônica
Lívia
Rodrigues de França Moura, Prof.ª Ms. Andréa Batista Magalhães,
Marilei
Francisca da Silva Rodrigues
PUC
Goiás
A Dor Pélvica Crônica é
definida como dor não cíclica, na região pélvica inferior, de duração maior
ou igual a seis meses, suficientemente intensa para interferir nas atividades
habituais, necessitando de tratamento clínico ou cirúrgico. O objetivo deste
estudo foi avaliar a ansiedade, depressão e a intensidade de dor em mulheres
com este diagnóstico, atendidas em um Hospital Universitário no Estado de
Goiás. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram: Entrevista semiestruturada
com dados sociodemográficos, Inventários de Ansiedade e Depressão de Beck e a
Escala Visual Analógica de Dor. Os resultados encontrados confirmaram que
mulheres com Dor Pélvica Crônica apresentam níveis elevados de ansiedade e
depressão, havendo associação significativa entre esses estados emocionais e
a intensidade da dor percebida.
Palavras chave: Dor, Dor
Pélvica Crônica, Ansiedade, Depressão.
Qualidade
de vida em pacientes em cuidados paliativos com câncer de mama
Mariana
Pinto Paiva, Prof.ª Ms. Andréa Batista Magalhães, Márcia de Faria Veloso
PUC
Goiás
O objetivo deste estudo foi
avaliar o grau de qualidade de vida em mulheres com diagnóstico de câncer de
mama em condições de cuidados paliativos. A amostra foi constituída por 22
pacientes em cuidados paliativos com câncer de mama. Para a coleta de dados
foram utilizados os Questionários Sócio-Demográfico; Palliative Scale
Outcomes Scale – POS e Paliattive Care Quality of Life Instrument – PQLI. O
programa Microsoft ® Excel 2007 foi usado para tabulação dos dados e a
análise estatística foi realizada pelo programa SPSS® for Windows®, versão
16.0 A análise dos dados permite-nos inferir que a qualidade de vida das
mulheres não está boa em alguns aspectos, mas que possuem pontos positivos que
as ajudam superar esta fase de suas vidas.
Palavras chave: qualidade de
vida, câncer de mama, cuidados paliativos.
Psicólogo
no hospital geral: da formação à atuação em equipe multidisciplinar
Prof.ª
Ms. Margareth Veríssimo, PUC Goiás
O psicólogo hospitalar atua em
equipe multiprofissional colaborando com os conhecimentos da psicologia no
atendimento ao paciente hospitalizado e à família, em todo o processo de
internação. Além do atendimento ao leito, atualmente, o psicólogo hospitalar
tem sido chamado a participar de projetos e equipes especializadas dentro do
hospital com o objetivo de melhorar o atendimento e a qualidade de vida dos
pacientes. Diante de toda esta demanda, percebe-se um crescimento das
oportunidades de atuação na área, fator que tem exigido maior qualificação
dos profissionais da psicologia. Esta realidade tem dado origem aos programas
de residência multiprofissional, onde a psicologia já participa juntamente
com outras áreas, nas especialidades de trauma, urgência e emergência; doenças
infectocontagiosas; maternidade e infância e endocrinologia.
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18:00 – 20:00h Auditório Área IV
Conferencista
convidada
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Desafios
interdisciplinares e implicações éticas
da pesquisa
sobre tráfico de pessoas
Prof.ª Ms. Estela Márcia Rondina Scandola (UCDB,
MS)
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20:00 – 22:00h Auditório Área IV
Comunicações
Orais
Coordenador
(a): Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa - PUC Goiás
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Tráfico
de mulheres: uma perspectiva da Gestalt-terapia
Prof.ª
Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa, Andressa de Sousa Carvalho,
Igor Bastos Bittencourt, Marília Alves Bragança, Marcela de Jesus Junqueira
PUC
Goiás
O trabalho terá como objetivo
enfatizar como o contexto existencial vivido por uma mulher, incluindo seu
mundo circundante, próprio e humano, descrito por Heidegger, favorece a
abordagem de traficantes. Os mesmos serão representados pela Teoria de Campo de
Kurt Lewin. No contexto, será abordada a co-responsabilidade familiar,
exemplificada, pelo “Caso Alma”, resgatando aspectos de sua vivência da
infância até a idade adulta, entre eles, a discriminação por ser mulher, que
para os seus pais, a impossibilitava de ter acesso a condições favoráveis de
educação, o que não era vivenciado por seus irmãos. Alma, a mulher vítima do tráfico, foi, portanto,
anteriormente vítima da discriminação familiar, se tornando vulnerável, a
qualquer atividade financeira que lhe permitiria, na sua perspectiva se
sentir aceita pela família.
Palavras chave:
Gestalt-terapia, Teoria de campo, Tráfico de mulheres.
Da
vítima ao protagonismo: uma perspectiva da Gestalt-terapia
Prof.ª
Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa, Marcela de Jesus Junqueira,
Beatriz Mendes de Souza, Lays Xavier de Castro
PUC
Goiás
Essa proposta pretende, a
partir da vivência de Charlotte Cohen de 26 anos, vítima da
comercialização humana ainda na
infância, encoberta por uma ilusória narrativa de adoção, abordar as formas
resilientes vivenciadas pela mesma. Resiliência aqui é, compreendida como, a
habilidade do self de contornar as adversidades da vida, se autorregular e
expandir sua awareness, abrindo-se às
possibilidades existenciais surgidas no seu contexto de vida. Transformando o
tráfico como fundo de sua existência, Charlotte Cohen consegue, a partir
da vitimização, colocar como
figura, seus projetos existenciais, ajustando-se criativamente de
forma saudável, transcendo lá e
então, configurado no aqui-e-agora vivencial. Esse processo de transformação,
será descrito a partir de uma perspectiva fenomenológica, no uso da teoria de
Campo de Kurt Lewin.
Palavras chave: Gestalt-terapia, Existencialismo,
Resiliência.
A
vulnerabilidade social e o tráfico de sentimentos:
uma
perspectiva da abordagem gestáltica
Prof.ª
Dr.ª Virginia Elizabeth Suassuna M. Costa, Lívia Nayara T. Silva, Isadora
Samaridi
PUC
Goiás
Etimologicamente, o termo
vulnus, vulneris, do latim, sugere a condição de estar ferido, atingido nas
suas capacidades, ou limitado nas mesmas. Deste modo, vulnerabilidade
reveste-se da marca da ferida, que caracteriza a condição humana desde o
primeiro momento até o findar de sua vida. Na perspectiva da Gestalt-terapia,
a vulnerabilidade pode ser compreendida a partir das fronteiras de contato,
que o indivíduo estabelece nas relações como ser-no-mundo. Especificamente,
essas fronteiras podem ser didaticamente subdivididas em, fronteiras do corpo,
de exposição de familiaridade de expressão, entre outras. Nessa apresentação,
pretende-se aborda-las, a partir de sua constituição que, inegavelmente passa
pelo sentimento essencial de ser
confirmado e não coisificado existencialmente, que entretanto, podem ser
traficados. As dimensões Eu-Tu e Eu-Isso características da relação dialógica
de Buber, serão consequentemente discutidas.
Palavra chave: Vulnerabilidade,
Tráfico de sentimentos, Gestalt-terapia.
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24 Setembro 2014 –
Quarta-Feira
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07:30 – 09:30h Auditório Área IV
Comunicações
Orais
Coordenador
(a): Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
|
A
entrevista na pesquisa sócio-construcionista: uma perspectiva de análise
Lucinéia
Schuster, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC
Goiás
A
entrevista é uma prática em pesquisa largamente utilizada pelas ciências
humanas e sociais, principalmente quando são necessárias informações sobre o
quê e como argumentam os/as
interlocutores/as. Esta forma de produção de informações é entendida na abordagem
construcionista como uma prática discursiva que possibilita compreender os
sentidos que os entrevistados/as dão a determinado tema, tal como emerge das
falas deles/as e não com categorias definidas a priori. Na pesquisa sócio-construcionista, a entrevista tem a
finalidade de compreender a circulação dos repertórios em um momento
histórico e social em uma sociedade ou em um grupo. O objetivo desta
comunicação é discutir como o método da entrevista pode ser utilizado na
pesquisa Sócio-Construcionista, tomando como ilustração, pesquisas que utilizam
essa abordagem.
Palavras
chave: Entrevista, Pesquisa, Construcionismo social, Prática discursiva.
Políticas
públicas: a construção das noções de pobreza no
Programa
Bolsa Família
Vanessa
Oliveira Mesquita, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC
Goiás
Esta pesquisa insere-se no âmbito do
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Processos Psicossociológicos do Programa de
Mestrado da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Como proposta, este
trabalho, alinha-se a estudos voltados à promoção da equidade das relações de
riqueza e pobreza, partindo do pressuposto que o fato da desigualdade é fruto
de construções sociais. O
trabalho insere-se no campo das políticas públicas com enfoque da Psicologia
Social Crítica, a partir do movimento do Construcionismo Social e Teoria Ator
Rede. Busca-se a compreensão dos sentidos nas noções de pobreza existentes na
Política de Assistência Social brasileira, mas especificamente do Programa
Bolsa Família. A pesquisa foi realizada no município de Rio Verde – GO, e
teve como fontes de informação: documentos de domínio público que envolvem a
temática; entrevistas e observações. Foram analisados os sentidos atribuídos
à pobreza pelos/as profissionais e beneficiários/as que trabalham diretamente
com o benefício de transferência de renda.
Palavras chave: Pobreza,
Bolsa-família, Políticas públicas, Psicologia social.
Os
sentidos de cuidado na atenção à saúde mental na
graduação
em Enfermagem
Sirlei
Alves, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC
Goiás
Saúde
e doença mental são noções referentes a valores humanos. Elas são construídas
socialmente, e se vinculam às crenças e ações das pessoas em suas práticas
sociais. Tais noções norteiam as relações estabelecidas entre os
acadêmicos/as de enfermagem e os/as usuários/as em sofrimento emocional. Assim,
faz-se necessário compreender os sentidos de cuidado que sustentam as
práticas na atenção ao doente mental. Esta pesquisa baseia-se em pressupostos
teóricos e epistemológicos da perspectiva construcionista, segundo a qual
tanto o sujeito como o objeto são construções sócio -históricas que precisam
ser problematizadas e desfamiliarizadas. Com o intuito de conhecer os
sentidos de cuidado que norteiam as práticas dos/as acadêmicos/as de
enfermagem na atenção à saúde mental serão utilizados como recursos metodológicos
como: pesquisa documental e entrevistas, que serão realizadas com graduandos
em enfermagem da FAFICH - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de
Goiatuba – Goiás.
Palavras chave: Saúde mental,
Cuidado, Enfermagem, Sócio-construcionismo.
Construindo
a noção de violência contra crianças e adolescentes:
um
olhar sobre a capacitação profissional
Lucinéia
Schuster, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC
Goiás
O objetivo principal dessa comunicação é
apresentar o trabalho em andamento da Dissertação de Mestrado em Psicologia,
o qual se propõe a investigar como tem sido o processo de capacitação dos/as
profissionais que atuam nos serviços voltados ao atendimento dos casos de
violência contra crianças e adolescentes buscando compreender os sentidos conferidos
por esses/as profissionais às políticas públicas voltadas para essa temática,
ou seja, como os/as profissionais/as têm apreendido as leis, portarias e
manuais implantados pelos Governos Federal, Estadual e Municipal. Trata-se de
uma pesquisa qualitativa em Psicologia Social, com características do estudo ordinário ou
cotidiano, a qual objetiva focar nos questionamentos dos atores sociais, tal
como estes são vividos no cotidiano, norteada pela metodologia
das Práticas discursivas e Produção de sentidos no cotidiano, tendo por base
o referencial teórico do Construcionismo Social.
Palavras chave: Psicologia social,
Construcionismo social, Práticas discursivas, Violência contra crianças e
adolescentes.
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07:30 – 09:30h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa
Redonda
Psicologia Escolar: Para quê? Desafios
e possibilidades de atuação
Coordenador
(a): Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC
Goiás
A Psicologia Escolar refere-se
a uma área de conhecimento e de atuação profissional que tem como objeto o
encontro entre o sujeito e a educação, com ênfase nas relações estabelecidas
entre os processos psicológicos e os processos educacionais. Apesar de a
Psicologia escolar ser uma área da Psicologia presente contexto brasileiro
desde a década de 1960, ainda existem dúvidas a respeito de seus objetivos e
equívocos em relação à prática do profissional. Essa é uma área que envolve o
exercício profissional do psicólogo em diferentes contextos educacionais e
também abrange a produção de conhecimentos acerca do processo educativo. O
psicólogo escolar deve ser envolver com uma multiplicidade de ações,
considerando os determinantes sociais e os aspectos subjetivos que constituem
os contextos educativos e o processo ensino-aprendizagem. Dessa forma,
pretendemos apresentar três trabalhos que apontam os desafios e as
possibilidades de atuação em Psicologia Escolar, a saber: 1) Psicologia na
formação docente: estudos sobre a mediação pedagógica; 2) Psicologia Escolar:
Pra que, no CAS? e 3) Psicologia Escolar/Educacional no Ensino Superior Privado:
novos espaços de atuação.
Palavras chave: psicologia
escolar, atuação profissional, produção de conhecimentos.
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Psicologia
na formação docente: estudos sobre a mediação pedagógica
Prof.ª
Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC
Goiás
As discussões ocorridas na área
de formação docente destacam a necessidade de ampliar os conhecimentos do
educador em relação aos processos de desenvolvimento e de aprendizagem de
seus alunos. Estudiosos contemporâneos investigam o contexto educativo como espaço
privilegiado para o desenvolvimento humano e o professor como singular agente
mediador desse processo, sendo a interação entre professor e aluno concebida
como um espaço simbólico gerador de conhecimentos, de apropriação e produção
de significados e de construção de subjetividades promotoras de aprendizagem
e de desenvolvimento. Serão apresentados nessa mesa os resultados de uma
pesquisa realizada com alunos de um curso de licenciatura na UFG que objetiva
investigar o processo de mediação pedagógica, buscando os elementos que
caracterizam a mediação e que favoreçam ou dificultam o processo
ensino-aprendizagem. A Psicologia pode contribuir com o desenvolvimento dos
professores ao criar espaços para reflexão e discussão sobre a prática
pedagógica de forma articulada com o conhecimento teórico-metodológico propiciado
pela formação acadêmica.
Palavras chave: psicologia
educacional, formação docente, mediação pedagógica.
Psicologia
escolar: Pra quê, no CAS?
Prof.ª
Ms. Juliana Soares Dias
PUC
Goiás
A psicologia escolar tem como
função facilitar o processo de ensino aprendizagem, atuando junto a direção,
coordenação da escola, professores, funcionários, estudantes e pais. A
atuação da Psicologia Escolar é voltada para as relações vivenciadas na instituição
educacional. Para isso, é necessário que o psicólogo conheça o cenário
escolar. O Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de
atendimento às pessoas com surdez (CAS) é um espaço de relação intencional e
sistematizada do conhecimento, cujo foco é a criação de situações de
aprendizagem, que sirvam de suporte às escolas no atendimento às pessoas com
surdez, e , a formação continuada de professores e pessoas da comunidade que
tenham interesse em uma formação que amplie sua capacidade de comunicação com
a pessoa surda. O CAS possui várias frentes de trabalho, dentre elas o núcleo
de convivência que é um espaço planejado para favorecer a convivência, a
troca de experiência, pesquisa e desenvolvimento de atividades culturais e
lúdicas, integrando pessoas surdas e ouvintes. Este Núcleo conta com: duas
psicólogas, uma pedagoga, e uma fonoaudióloga. Esta equipe realiza as
seguintes atividades: palestras sobre surdez para a comunidade e para os
profissionais do Estado, grupo de família de surdos, pesquisa de satisfação e
qualidade de vida (familiares e profissionais), participação nas reuniões e
planejamento das atividades da instituição.
Palavras chave: psicologia
escolar, CAS, surdez.
Psicologia
escolar/educacional no ensino superior privado: novos espaços de atuação
Ronaldo
Gomes Souza
PUC
Goiás
A Educação Superior no Brasil
tem passado por reformulações nas últimas décadas com vistas a atender às
necessidades de expansão e de qualificação do processo educativo. Nesse
cenário, nosso interesse se volta para a instituição privada, que para
atender as determinações da legislação em vigência, tem desenvolvido novos
projetos na área da gestão, do planejamento acadêmico, do acompanhamento ao
docente e ao discente. Entendemos que esse cenário gerou um espaço fértil
para projetos da área da Psicologia Escolar/Educacional a partir da concepção
de que essa área de conhecimentos pode contribuir com a compreensão da
dimensão subjetiva que participa do processo educativo, especialmente,
considerando que a formação profissional gera processos de desenvolvimento humano.
Nessa mesa pretendemos apresentar uma proposta de atuação e de pesquisa que
estamos desenvolvendo em uma faculdade particular localizada no estado de
Goiás, fundamentada em uma visão crítica de Psicologia Escolar/Educacional.
Palavras chave: psicologia
educacional, educação superior, ensino privado, psicologia
histórico-cultural.
O
professor e as relações interpessoais no contexto escolar
Yara
Lima de Paulo, Sergio Augusto R. Franca Filho, Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane
Santana
PUC
Goiás
A Psicologia Escolar é uma área
de atuação profissional e de produção de conhecimentos que se interessa pelos
processos de desenvolvimento humano mobilizados nos contextos escolares, com
foco nos diferentes fatores que constituem o processo ensino-aprendizagem. Um
dos protagonistas do processo educativo é o professor, sua ação envolve o
planejamento e a execução de estratégias que podem favorecer ou dificultar o
desenvolvimento do aluno. A proposta deste trabalho é discutir as
possibilidades de atuação do Psicólogo Escolar junto ao Professor com vistas
a contribuir com sua ação e sua formação continuada. Foi realizada uma
análise em uma escola estadual que apontou fatores relacionados à ação do
professor e às características da relação professor-aluno que podem comprometer
a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Tal análise fundamentou a
elaboração de propostas de atuação que visem investigar e intervir nos
fatores que orientam a prática do professor e as relações interpessoais no
contexto escolar.
Palavras chave: psicologia
escolar, relação professor-aluno, formação do professor.
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09:45 – 12:00h Auditório Área IV
Conferencista
convidada
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Tráfico de
pessoas e trabalho escravo:
além da
interposição de conceitos
Prof.ª Ms. Marina M. Novaes (USP)
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09:45 – 12:00h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa
Redonda
Coordenador
(a): Prof.ª Dr.ª Adriana Bernardes Pereira - PUC Goiás
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Visibilidade
sexual e de gênero por meio da internet: catalogação e
análise de mídias LGBT
Isana
Rodrigues Braz, Prof.ª Dr.ª Adriana Bernardes Pereira
PUC
Goiás
As diferentes
mídias (eletrônicas, impressas etc.) têm sido reconhecidas como um meio de
grande influência na disseminação de informações e notícias; na descrição,
veiculação e construção de fatos sociais e, também, na reprodução e
manutenção de valores sobre os mais diferentes temas da sociedade atual. Os
temas considerados polêmicos como os que perpassam as temáticas de gênero e
sexualidade não são exceção. Este estudo teve por objetivo mapear, catalogar
e compreender blogs e mídias LGBT (filmes,
documentários, seriados, livros e animes) em sua
origem, caracterização e o processo de criação no decorrer da história. Os critérios de escolha dos websites e blogs corresponderam a um número igual ou maior de
500.000 visitas, serem brasileiros e conter pelo menos quatro diferentes
tipos de mídia diferentes e disponíveis para download. Utilizou-se o programa
Ant Movie Catalog (http://ant-movie-catalog.softonic.com.br) que permitiu organizar informações a partir de
marcadores como: ano de produção, país de origem e caracterização da mídia
com temática ligada a gênero e sexualidade. Foram catalogadas mais de 1200
obras dentre filmes, documentários, seriados, web series, curtas etc. com
conteúdos ou personagens LGBT. É
interessante destacar que a mídia pode ser estudada em sua dupla função -
como um meio de divulgação que anuncia, promove e disponibiliza outras mídias
e essas, por conseguinte, estarem carregadas de sentidos e significados que
podem trazer representações sociais divergentes, alternativas, fora da
normatividade como um fim. Quando se trata de gênero e sexualidade são
inúmeras as possibilidades. Elas vão desde a reiteração de identidades e
práticas sexuais hegemônicas até a explicitação de outras possibilidades de
ser e estar no mundo no decorrer das mudanças históricas e sociais que se dão
com o passar do tempo. Esta pesquisa tem como base perspectiva
teórico-metodológica o Construcionismo Social (IBÁÑEZ, 1994; SPINK, 2004;
IÑIGUEZ, 2002), e as interpretações contemporâneas para gênero e a
sexualidade a partir dos estudos feministas e os estudos gays/lésbicos (ou
mais recentemente, os estudos Queer) (BUTLER, 1993; 1997; 1999).
A dupla função
da Mídia para expor conteúdos de pesquisa sobre sexualidade e gênero em
"websites e blogs". Um estudo sobre visibilidade
Grasiele
Fernanda Santos Cunha, Prof.ª Dr.ª Adriana Bernardes Pereira
PUC
Goiás
Na
atualidade a mídia pode ser estudada em sua dupla função - como um meio de
divulgação que anuncia, promove e disponibiliza outras mídias e essas, por
conseguinte, estarem carregadas de sentidos e significados que podem trazer
representações sociais divergentes, alternativas, fora da normatividade como
um fim. Quando se trata de gênero e sexualidade são inúmeras as
possibilidades de acesso e de visibilidade de diferentes informações,
notícias e material de arte; possibilitando conectividade com grande
quantidade de informações sobre os referidos temas. Este estudo objetivou
criar um banco de dados/blog que
possibilitasse visibilizar por meio de uma ferramenta Google BLOGSPOT o
processo de pesquisar e os conteúdos, coletados e construídos, da pesquisa
intitulada Visibilidade
sexual e de gênero por meio da internet: catalogação e análise de mídias
LGBT. Nesta pesquisa utilizou-se a
perspectiva teórico-metodológica do construcionismo social, onde reuniu
conteúdos (filmes, animes, séries, livros, músicas, etc.) por meio dos
métodos alternativos de distribuição audiovisual (websites e blogs), com a
temática de gênero e sexualidade. A mídia “blog” nos possibilitou dar
visibilidade do passo á passo das informações contidas na pesquisa. Por meio da mídia blogger, organizou-se os conteúdos da pesquisa, criou-se um layaout explicativo do seu processo e
foram apresentadas as etapas e conteúdos da pesquisa. Partindo do pressuposto que a mídia é, também,
construtora de fatos sociais, reprodutora de valores e fundamental no estabelecimento
da nova estrutura social, propomos que os blogs podem democratizar
informações legítimas de processos de pesquisar que por vezes ficam
engavetados e distantes do grande público. Esta
pesquisa teve como base perspectiva teórico-metodológica o Construcionismo
Social (IBÁÑEZ, 1994; SPINK, 2004; IÑIGUEZ, 2002).
Palavras
Chave: Construcionismo Social, Gênero, Sexualidade,Teoria Queer.
Validação de
uma escala de medidas para o ciúme patológico
Beatriz Mendes
de Souza, Denise Graciano, Jordana Martins, Michele Oliveira, Rosiana Resque,
Prof.ª Ms. Ivone Félix de Sousa
PUC
Goiás
O
objetivo da pesquisa foi validar uma escala de medidas para o ciúme
patológico. O estudo foi dividido em três polos: teórico, experimental e
analítico. No Polo teórico foi escolhido e definido o objeto psicológico,
atributos, fatores. No polo experimental foi definida a amostra, os
participantes, e aplicado o instrumento piloto. No polo analítico foram
utilizadas as análises exploratória descritiva, fatorial e consistência
interna. Participaram da pesquisa 240 sujeitos. Primeiramente foi realizada a
análise de componentes principais para explorar a estrutura fatorial latente
do instrumento de medida. O resultado
da análise fatorial confirmou a existência de um único fator com carga
fatorial entre 0,40 e 0,70, com consistência interna entre os itens 0,82. Estes
dados confirmam a validade de construto, demonstrando ser esta escala válida
e precisa para mensurar o ciúme no fator patológico.
Palavras
chave: Ciúme patológico, validade de construto, precisão.
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18:00 – 20:00h Auditório Área IV
Mesa
Redonda
Coordenadora:
Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza - PUC Goiás
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Uma
busca do lugar de psicanalista: 100 anos depois de Freud
Ana
Paula de Godoi Nasciutti Barros, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima
e Souza
PUC
Goiás
A busca do lugar de
psicanalista é um processo pessoal, que não se ensina pelos meios
convencionais, lendo a teoria, mas que só se alcança na prática, como
analisando. Esse lugar que começou quando Freud buscou um método de cura para
as histéricas, criando a associação livre. Questões da clínica psicanalítica
como o tempo, dinheiro, transferência, sintomas, cura, ética são objetos de
estudo desse trabalho, que tem como objetivo compreender o lugar de analista,
a partir de um caso clínico de um sujeito atendido durante o estágio de
psicologia. Durante o tratamento verificou-se uma melhora no sintoma
apresentado pelo o paciente, saindo de uma posição passiva para uma mais
ativa na busca de seu desejo inconsciente. Mas, apesar do paciente se
esbarrar em suas questões com a mãe e em seu desejo, barreiras da resistência
ainda se fazem presentes no caminhar da análise.
Palavras chave: Clinica
psicanalítica, técnica psicanalítica, sintoma, transferência.
De Freud a Lennon: “All we
need is love”
Prof.ª
Dr.ª Kátia Barbosa Macêdo, Luísa Macêdo Ferreira
O presente texto teórico
construído a partir de uma análise documental, visa abordar a relação
entre psicanálise e arte, enfocando o processo de sublimação e criação
artística, partindo da análise de alguns fragmentos da obra de John Lennon.
Na primeira parte, apresenta uma breve discussão acerca da relação entre arte
e psicanálise, em seguida aborda o artista, seu processo criativo,
particularmente a sublimação e a obra de arte. Na segunda parte, apresenta
brevemente dados biográficos de John Lennon e utiliza cinco recortes de suas
obras musicais como forma de ilustrar suas representações ligadas à figura
feminina, analisando os mecanismos de projeção de sua angústia ligada ao
desamparo, bem como a sublimação na criação de suas obras musicais, tendo
como foco as representações femininas.
Palavras chave: psicanálise,
sublimação, arte, representações, feminino.
Da
melancolia às depressões: um olhar acerca dos fenômenos depressivos
Lara
Corrêa Faria, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC
Goiás
A contemporaneidade revela e
encobre dois males que incomodam: a depressão e a melancolia. O silêncio da
pulsão de morte escancara as contradições de uma época através do aumento
exorbitante do número de casos de depressão. A inconsistência conceitual dos
termos depressão e melancolia faz com que enganos sejam cometidos, tanto na
psicanálise quanto na psiquiatria. Na psicanálise há uma distinção no que se
refere a esse dois fenômenos. Já na psiquiatria, submetida ao DSM, a singularidade
do sujeito é anulada por várias classes de padronização de sofrimento que
ignoram possíveis etiologias do fenômeno. O presente artigo percorre
conceitualmente, por meio de pesquisa bibliográfica a diferenciação entre
depressão, melancolia e estados depressivos. Há reflexões acerca da
medicalização e a vinculação entre neoliberalismo globalizante do capital e o
aumento do número de diagnósticos de depressão, bem como das contribuições
psicanalíticas para a compreensão e distinção dos fenômenos melancolia e
depressão.
Palavras chave: Melancolia,
Depressão, Psicanálise, Psiquiatria.
Toxicomania
e Psicanálise: da contestação da lei a singularidade dos gozos
Vanessa
Cristina dos Santos e Silva, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e
Souza
PUC
Goiás
O presente artigo teve como
objetivo investigar o gozo do toxicômano através das drogas, tendo em vista
que ele traz algumas indagações, como a proximidade com a morte, o incômodo
social e a reafirmação dessa relação por parte do toxicômano. Para o desenvolvimento
deste foram utilizados os trabalhos de Freud, Lacan, Marco Antônio Coutinho,
Charles Melman e Jésus Santiago. A partir desse estudo notou-se que o
psiquismo do toxicômano não é diferente dos outros falantes, que a forma de
gozar é particular para cada sujeito e que sua ligação intensa com a droga se
dá muitas vezes devido à oferta de um produto de gozo que tenta preencher a
falta originária de objeto. A toxicomania também demonstrou ter como
característica a contestação da lei e dos limites à satisfação.
Palavras chave: toxicomania,
Psicanálise, gozo, drogas, lei.
Um
percurso do objeto perdido ao objeto “a” em interlocução com a arte abjeta
Rafaela
Brandão Alves, Prof.ª Dr.ª Marcela Toledo França de Almeida (UFG)
O presente trabalho refere-se à
pesquisa “Do objeto ao abjeto: aproximações entre o antitético na psicanálise
e o abjeto na arte” desenvolvida no curso de Psicologia da Universidade
Federal de Goiás. A pesquisa se propõe a investigar a relação presente entre
a estética na psicanálise e a estética na arte abjeta considerando conceitos
psicanalíticos marcados pelo sentido antitético em Freud. Com fins a alcançar
esse objetivo foi traçado um percurso à concepção de abjeto, partindo
primeiramente da noção de objeto perdido em Freud, abordando, posteriormente,
o objeto “a” em Lacan para então elucidar a estética na arte abjeta. Trata-se
de uma pesquisa bibliográfica com análise qualitativa dos textos freudianos e
lacanianos previamente selecionados que abordam os conceitos de objeto perdido
em Freud e o objeto “a” em Lacan.
Palavras chave: estética, arte,
antitético.
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18:00 –20:00h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações
Orais
Coordenador
(a): Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa - PUC Goiás
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Estratégias
de coping em mulheres com indicação
cirúrgica em proctologia
Amanda
Ozório dos Santos, Prof.ª Andréa Batista Magalhães, Luciana Marya Gusmão
Tartuce
PUC
Goiás
O estudo buscou identificar as
estratégias de Coping utilizadas em mulheres com indicação cirúrgica na
especialidade de Proctologia. Participaram da pesquisa sete mulheres
internadas na Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da UFG. Utilizou-se
como instrumento a análise do prontuário hospitalar, questionário sociodemográfico
e o Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus. O resultado
trouxe as estratégias focadas na emoção, utilizadas com maior frequência:
suporte social, resolução de problemas e reavaliação positiva. Verificou-se a
necessidade de novos estudos devido à escassez de publicação da Psicologia na
especialidade de Proctologia.
Palavras chave: Proctologia,
estratégias de coping, cirurgia, mulheres.
A
compreensão do comportamento de automutilar-se na percepção da Teoria
Organísmica
Agne
Adryane Marques Vieira, Raissa Ávila e Sayonara Oliveira, Prof.ª Dr.ª Virgínia
Elizabeth Suassuna Martins Costa
A automutilação é qualquer
comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo, perna,
áreas expostas, para aliviar sintomas como melancolia e ansiedade, sem
intenção consciente de suicídio. É um sintoma comumente relacionado ao
Transtorno Personalidade de Borderline (TPB), mas também aparece em pessoas
com depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, bulimia, anorexia,
vitimas de bullying, esquizofrênicos entre muitos outros. O indivíduo que se
auto-mutila, tende a ter grandes dificuldades para se expressar verbal ou
emocionalmente, portanto, não consegue falar publicamente sobre suas
angústias nem chorar com automutilação. Se cortam, se queimam, se furam, e os
locais de escolha para estas lesões são praticadas repetidos, geralmente são
áreas escondidas de uma possível detecção por outra pessoa. A partir do caso
da artista Demi Lovato, que durante a sua infância e adolescência sofreu
bulimia e automutilação, pretende-se a partir dos conceitos da teoria
Organismoca de Kurt Goldstein, uma das correntes teóricas da Gestalt-terapia,
compreender a possibilidade de auto-regulação organísmica, ou seja, de uma forma
do indivíduo se ajustar no contexto existencial vivido.
Palavras chave: Teoria
Organísmica, automutilação, Gestalt-terapia.
O
tráfico de influência no processo educacional: uma reflexão da abordagem
gestáltica
LayneIlze
da Silva, Luciana Moreira David, Roxanny Christinne de Morais Cerbino,
Prof.ª
Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa
PUC
Goiás
Compreendendo tráfico em uma
perspectiva mais ampla, envolvendo as redes de influências, decorrente do
sistema capitalista, esse trabalho pretende apresentar uma reflexão crítica
acerca do processo educacional. A alfabetização é um processo amplo, vai além
do ato de ensinar a ler e a escrever e sim formar alunos críticos, dando a
eles possibilidade de apropriação do conhecimento de forma global. O método
analítico propõe um processo ativo de aprendizagem, inteligente e global. O
método tradicional de alfabetização sintético procura enquadrar o indivíduo a
um padrão determinista, excluindo aqueles considerados ineptos. Este trabalho
encontra respaldo na Abordagem Gestáltica, e pretende esclarecer as
dificuldades enfrentadas por um indivíduo que apresenta dislexia (a qual é
definida como um problema de aprendizagem), o risco de expor o indivíduo a um
método inadequado, aspecto que pode ser compreendido como uma forma de
discriminação fruto do sistema capitalista.
Palavras chave: Abordagem
Gestáltica, Processo Educacional, Tráfico.
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20:00 – 22:00h Auditório Área IV
Mesa
Redonda
Contingências
aversivas recorrentes geradoras de respostas ansiosas: intervenção pela
Análise do Comportamento
Coordenadora:
Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC
Goiás
Este estudo objetivou
identificar as variáveis controladoras de comportamentos-problema associados
à ansiedade exacerbada em uma participante adulta. Como segundo objetivo:
intervir em classes de comportamentos-problema a partir de procedimentos
próprios da Análise do Comportamento, para controlar agentes antecedentes e consequentes. De
acordo com a literatura, a ansiedade severa é produzida pelo emparelhamento
de um estímulo anteriormente neutro a um estímulo aversivo, quando é comum
observar supressão condicionada de comportamentos. Este estudo utilizou-se de
um delineamento experimental composto por 21 sessões de 100 minutos cada, no
formato linha de base, intervenção I, avaliação pós-férias, intervenção II e
avaliação final. Os resultados demonstraram melhoria na qualidade das
relações interpessoais, com obtenção de consequências reforçadoras,
verificou-se também o alcance parcial no controle das respostas emocionais de
ansiedade intensa, apontando a necessidade de continuidade deste programa de
intervenção a fim de que todos os objetivos sejam alcançados.
Palavras chave: contingências
aversivas, punição, ansiedade exacerbada, análise do comportamento.
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Contingências
aversivas recorrentes geradoras de respostas ansiosas: intervenção pela
Análise do Comportamento
Janaína
Gomes de Souza, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC
Goiás
Este
estudo objetivou identificar as variáveis controladoras de
comportamentos-problema associados à ansiedade exacerbada em uma participante
adulta. Como segundo objetivo: intervir em classes de comportamentos-problema
a partir de procedimentos próprios da Análise do Comportamento, para
controlar agentes antecedentes e consequentes. De acordo com a literatura, a
ansiedade severa é produzida pelo emparelhamento de um estímulo anteriormente
neutro a um estímulo aversivo, quando é comum observar supressão condicionada
de comportamentos. Este estudo utilizou-se de um delineamento experimental
composto por 21 sessões de 100 minutos cada, no formato linha de base,
intervenção I, avaliação pós-férias, intervenção II e avaliação final. Os
resultados demonstraram melhoria na qualidade das relações interpessoais, com
obtenção de consequências reforçadoras, verificou-se também o alcance parcial
no controle das respostas emocionais de ansiedade intensa, apontando a
necessidade de continuidade deste programa de intervenção a fim de que todos
os objetivos sejam alcançados.
Supressão
de reforçadores: agente facilitador para a instalação de comportamentos-problema
Wanessa
de Oliveira Correa, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC
Goiás
Este estudo objetivou
identificar as variáveis causadoras e mantenedoras de respostas de ansiedade,
insegurança, solidão e tristeza apresentadas por um participante de 25 anos
de idade, em estado de luto pela perda de sua mãe, sua maior agência
reforçadora, vítima de um quadro oncológico, há um mês do início deste
estudo. Objetivou ainda delinear um programa de intervenção baseado nos
princípios da Análise do Comportamento. A retirada súbita e permanente de
reforçadores (e.g., morte, fim de relacionamento amoroso) tem efeitos graves,
principalmente em indivíduos que possuem baixos repertórios comportamentais
para lidar com esses eventos aversivos, pois gera fortes respostas emocionais
negativas. O delineamento aplicou contou com 17 sessões - linha de base e de
intervenção. Os objetivos foram parcialmente alcançados: descrição das
variáveis causadoras e mantenedoras dos comportamentos problema; delineamento
de um plano de intervenção e parcial aplicação das intervenções programadas,
devido ao limitado tempo de estudo.
Palavras chave: variáveis
causadoras, variáveis mantenedoras, ansiedade, intervenção, análise do
comportamento.
Déficits
e excessos comportamentais favorecedores de consequências aversivas
Lorena
Paula Arroyo Ribeiro, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC
Goiás
Este estudo teve como objetivo
inicial definir os comportamentos–alvo de uma participante adulta para,
então, identificar as variáveis estabelecedoras e mantenedoras dos mesmos. O
segundo objetivo foi intervir nos déficits e excessos comportamentais da por
ela apresentados (e.g., expressar escassamente os seus sentimentos e
pensamentos; preocupar-se excessivamente; dentre outros). Com esse fim foram
utilizados procedimentos próprios da Análise do Comportamento, com a função
de instalar comportamentos mais eficientes (e.g. expressar-se adequadamente;
controlar a ansiedade etc.). Para o alcance desses objetivos, foi aplicado um
delineamento experimental, desenvolvido ao longo de 34 sessões e composto
pelas fases linha de base, intervenção I, avaliação pós–férias, intervenção
II e avaliação final. Os resultados apontaram para o alcance parcial dos
objetivos: redução das respostas de estresse; controle da ansiedade; aumento
do autorreforçamento; modificação das descrições acerca dos eventos; melhora
na expressividade; aprendizagem de estratégias eficazes na solução de
problemas.
Palavras chave: comportamentos
eficientes, comportamentos ineficientes, variáveis estabelecedoras e
mantenedoras, análise do comportamento.
Comportamentos
deficitários e excessivos: variáveis relevantes à eliciação de estados
emocionais negativos
Bruno
do Amaral Sousa, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC
Goiás
O comportamento do indivíduo na
interação ambiental tornou-se objeto complexo de estudo da ciência do
comportamento. A investigação dos antecedentes e consequentes tornou-se
essencial ao entendimento da função do padrão de respostas desse indivíduo,
tanto eficiente, quanto excessivo, assim como os deficitários. Logo, o
presente estudo objetivou identificar as variáveis mantenedoras e causadoras
de respostas excessivas e/ou deficitárias emitidas por uma participante
adulta. Objetivou, também, manipular variáveis controladoras dos antecedentes
e consequentes desse padrão comportamental, e que lhe favoreciam respostas
emocionais negativas. Um programa de modificação comportamental foi aplicado
ao longo de 13 sessões, composto por linha de base e intervenção I. Os
resultados foram parcialmente alcançados: observa-se a instalação, em seu
repertório, de respostas emocionais positivas e de comportamentos mais
eficientes.
Palavras chave: comportamento
humano complexo, comportamentos eficientes, excessivos e deficitários,
emoções, análise do comportamento.
A
depressão de acordo com as abordagens tradicional e funcional
Mara
Maria G. de Freitas, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC
Goiás
O
objetivo do presente trabalho foi o de discutir e comparar as premissas de
duas abordagens, a tradicional (médica) e a funcional
(analítico-comportamental), acerca da depressão. Com o cumprimento desse
objetivo, discutir as diferentes formas de se conceber, se definir e se
explicar a depressão considerando a visão de ambas as abordagens. Assim como
ressaltar as implicações que a adoção de um determinado modelo teórico possui
sobre a produção teórico-científica e a atuação clínica dos profissionais de
cada área. No que diz respeito à abordagem funcional, são ilustradas algumas
possibilidades de atuação da Análise do Comportamento para controle de
classes de comportamentos-problema conhecidas como Transtorno Depressivo
Importante. Os resultados indicam que a abordagem funcional se apresenta como
uma eficaz alternativa na modificação de comportamentos tidos como
depressivos.
Palavras
chave: depressão, abordagem tradicional, abordagem funcional, análise do
comportamento.
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20:00 – 22:00h Sala de Defesas (Prédio da Reitoria –
Área IV)
Comunicações Orais
Tráfico de pessoas e Consequências Psicológicas:
Considerações preliminares.
Profa. Maria Luiza Moura Oliveira PUC Goiás
Fluxo de
atendimento a pessoas vitima de tráfico
Beth Fernandes
25 Setembro 2014 – Quinta-Feira |
07:30 – 09:30h Sala de Defesas (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações Orais
Coordenador
(a): Prof.ª Ms. Paula Virgínia Oliveira Elias
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Ansiedade
e transtorno do pânico: definições e conceitos
Prof.
Ms. Júlio César Alves
Propõe-se a discussão
considerando que fala-se de ansiedade como enigma, cuja solução jogaria luz
sobre a vida mental. A pouco no que diz respeito a desvendar os enigmas ou as
imprecisões com os quais se descrevem o termo ansiedade. Perguntar se alguém
já sentiu ansiedade parece ser também uma questão inócua porque isso não
ajuda a esclarecer a natureza daquilo que é sentido e denominado de
ansiedade.
Palavras chave: Transtorno do
pânico, ansiedade, análise do comportamento.
Agorafobia
e transtorno do pânico: explicações biológicas podem oferecer
direções
para o tratamento?
Prof.ª
Ms. Maristela Miranda de Carvalho Castro
PUC
Goiás
Como a explicação biológica é
dominante e permanece na cultura e em sua linguagem, consequentemente, vários
tipos de medicamentos – ansiolíticos, antidepressivos, antimania (estabilizadores
do humor), antipsicóticos – têm sido usados como tratamento de escolha para
os diferentes transtornos mentais.
Palavras chave: Agorafobia,
Transtorno do pânico, Análise do comportamento.
Contingências
responsáveis pelo comportamento verbal do esquizofrênico
Prof.ª Ms.
Maristela Miranda de Carvalho Castro
PUC
Goiás
Assim,
os analistas do comportamento buscam as contingências que são responsáveis
pelo comportamento verbal do esquizofrênico e as circunstâncias pelas quais
seus conteúdos verbais se inserem (Britto, 2011). Nota-se que a atenção
social é frequentemente dispensada ao comportamento verbal inapropriado do
esquizofrênico que de acordo com Miranda e Britto, (2011) ora fala de modo
estranho, incoerente ou falso, isto é, delira; ora se comporta como se visse,
ouvisse ou sentisse estímulos que não estão presentes, isto é, alucina. E na
tentativa de elucidá-lo, esse tipo de comportamento vem se constituindo um
importante tema de investigação na ciência do comportamento. Britto (2004) sugere
que para compreender a esquizofrenia é necessário observar os comportamentos
estranhos ou 'bizarros' do indivíduo diagnosticado com ênfase na função e
conteúdo de suas verbalizações. Observa-se que a fala do esquizofrênico é
também, na maioria das vezes, incoerente, indesejada e com conteúdos
misteriosos.
Palavras
chave: Contingências, esquizofrenia, comportamento verbal.
Indicadores
de adoecimento de estudantes no programa Saudavelmente da UFG
Lila
de Carvalho Ramos
UFG
A organização do trabalho,
compreendida como divisão do trabalho (atribuição de tarefas, repartição das
responsabilidades) e divisão dos homens (hierarquia, comando, distribuição do
poder) que tem forte implicação no funcionamento psíquico, é a compreensão da
PDT.O objetivo neste texto é refletir a contribuição da PDT junto aos
desafios da profissão de ser estudante do ensino superior, se utilizando para
isso da intervenção realizada junto à comunidade universitária da UFG. Inicia
abordando os transtorno mentais e sua incidência na comunidade universitária, buscando seus
determinantes psicossociais. Tratando da definição de saúde mental segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), discute o estabelecimento do Estado como
responsável por prover as condições básicas de vida a todos os seres humanos. A intervenção partiu de pesquisa
exploratória e documental para constituir a demanda. Foram analisadas fichas
de acolhimento do Programa Saudavelmente, no período de 2007 a 2011. As
fichas de acolhimento contêm as seguintes informações: data de entrada no
programa, data de nascimento, sexo, nome, vínculo com a UFG, estado civil,
situação socioeconômica, composição familiar, história do paciente,
informações gerais, hipótese diagnóstica, entre outros. Foram atendidos 739
discentes, sendo que a maioria eram mulheres (62,7%); graduandos (87%) e
provenientes de escolas públicas (81,3%). Como queixa, houve predominância de
transtorno de ansiedade (30,2%), depressão (27%) e transtorno psicossocial
(12%). Esses alunos foram atendidos em grupos que visavam propiciar a
discussão dos fatores ligados ao contexto universitário, bem como às
vivências individuais e grupais em relação à inserção na Universidade. A
abordagem da PDT se mostrou complementar para o auxilio dos sujeitos em
relação à compreensão da instituição, bem como de suas atividades e trabalho
na mesma. É na elaboração que existe
uma análise mais precisa das condições de trabalho e uma melhor condição de
propor ações adequadas além de trazer consideráveis contribuições
teórico-metodológicas para o campo da PDT e, em especial, para a área da
Saúde Mental, apesar de se encontrar
obstáculos relacionados à sociedade capitalista e às reformas neoliberais.
Palavras chave: Psicodinâmica
do Trabalho, Saúde Mental, Trabalho.
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09:45 – 12:00h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa
Redonda
Coordenadora:
Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza - PUC Goiás
|
As
posições masculina e feminina e sua relação
com
a atividade e passividade em Freud
Lucienne
de Almeida Machado, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC
Goiás
O presente trabalho tem por
objetivo realizar a discussão sobre a conceituação das posições feminina e
masculina na psicanálise. Discute-se a articulação entre feminino e masculino
e os pares de opostos passividade e atividade, através de pesquisa
bibliográfica realizada na obra de S. Freud. Ao contrário da ideia comum de
que estas posições estão vinculadas aos órgãos genitais, , Freud parte da
biologia, mas não se restringe a este campo, pois na esfera psíquica a
sexualidade é se expressa nas possibilidades ativas e passivas de satisfação
da pulsão, noção que aponta a impossibilidade de naturalização das questões
sexuais. Há uma dificuldade de lidar com a posição feminina tanto para homens
quanto para mulheres, em função da castração e suas consequências psíquicas.
Ambos os sexos lidam com a castração e para a psicanálise as mulheres não
estão situadas exclusivamente na posição feminina bem como os homens não estão
necessariamente na masculina.
Palavras chave: Psicanálise,
Feminino, Masculino, Atividade, Passividade.
O
significante fálico na constituição do sujeito
Letícia
Ramos Galvão, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC
Goiás
Este trabalho visa compreender
os efeitos do significante fálico na constituição subjetiva, partindo da
discussão do conceito de falo retomada por Lacan em sua releitura da obra
freudiana. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica em textos clássicos da
psicanálise. Percorre o conceito de significante, que se encadeia em série,
provocando a emergência do sujeito constituído pela linguagem, bem como
discute o atravessamento do sujeito nos três tempos do Édipo, que articulam
falo, falta e desejo. A releitura que Lacan faz de Freud evidencia o que já
está presente na obra freudiana: não é possível naturalizar a sexualidade,
uma vez que é com o Outro, por meio da passagem pelo Édipo, que mulher e
homem se constituem. O significante fálico é referido à falta que faz o
sujeito movimentar-se em busca do seu recobrimento, é o atestado do poder
desejar e ser desejado.
Palavras chave: Psicanálise,
Sujeito, Falo, Sexualidade.
Violência
e masculinidade na psicanálise
Marise
Andrade, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC
Goiás
O presente trabalho aborda a
problemática da violência e sua relação com a masculinidade, segundo a
psicanálise. Questiona-se a razão do fato da pessoa do sexo masculino figurar
nas estatísticas como aquela que mais comete violência física contra seus
semelhantes e contra animais, bem como sofre mais mortes violentas e outros
tipos de crimes tipificados em lei. Metodologicamente realizou-se uma
pesquisa bibliográfica em livros e artigos que discutem a relação entre
violência e masculinidade a partir da psicanálise. As considerações finais
apontam que há sofrimento na experiência relativa à angústia de castração em
pessoas do sexo masculino, somado ao fato do falocentrismo ser uma das marcas
da sociedade, que incita a imposição da ordem fálica mediante o emprego da
violência e requisita os homens a mostrarem mostrar sua identidade mesmo às
expensas da violência.
Palavras chave: Psicanálise,
Violência, Masculinidade.
Lá
e de volta outra vez: reflexões acerca da fantasia na psicanálise
Igor
Siqueira Lima, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC
Goiás
O presente trabalho se propôs a
fazer uma leitura das obras de Freud e Lacan relacionadas à fantasia, com o
acréscimo de outros teóricos que também abordam a questão da fantasia
norteados por esse viés teórico de Freud e Lacan. Dentre as leituras feitas,
foram abordadas questões relacionadas com o abandono da teoria da sedução em
Freud, assim como a articulação dos conceitos de inconsciente e pulsão para
se falar de fantasia. Foram abordadas também as questões de fantasia
fundamental em Lacan, assim como a travessia da fantasia enquanto fim de
analise. Como metodologia para o trabalho, foi elaborada uma pesquisa de
revisão bibliográfica das obras de Freud, Lacan entre outros teóricos. Como
resultado do trabalho, foi-se retomada a discussão sobre a importância impar
da fantasia na clínica psicanalítica, assim como o seu papel no fim da
análise
Palavras Chave: Fantasia,
Fantasia fundamental, Travessia da Fantasia, Clínica
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18:00 – 20:00h Auditório Área IV
Conferencista
Convidada
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Os desafios da
pesquisa na produção de subsídios
para a
construção da política pública
no
enfrentamento ao tráfico de pessoas
Prof.ª Ph.D. Maria Lúcia Pinto Leal (UnB)
Este
estudo trata de questões teórico-metodológicas que envolvem a pesquisa sobre
tráfico pessoas a relação entre aspectos estruturais e superestruturais,
sujeito e objeto, os desafios da quanti-qualificação, o combate a
neutralidade, e como e quando podemos fortalecer a participação/ protagonismo
sem comprometer o aspecto ético na pesquisa; a desconstrução da criminalização e o fortalecimento da
emancipação política dos sujeitos em situação de tráfico; a influencia das
pesquisas nas Políticas públicas; intercâmbios acadêmicos e culturais entre
pesquisadores de universidades locais e internacional; e fomento para
desenvolver estudos e ações na área de tráfico de pessoas.
Palavras
chave: Pesquisa, tráfico de pessoas, protagonismo, emancipação, política,
intercâmbios e fomento.
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Conferencista
Convidado
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Terciário,
Lumpem e crise.
Prof. Dr. Carlos Alberto Ferreira Lima
(NEPPPOS/CEAM/UnB).
Na
primeira seção serão introduzidos os fundamentos teóricos da economia
capitalista que embasarão a perspectiva adotada no presente trabalho. Neste
sentido, autores como Mészáros, Chesnais, Mandel, Harvey e outros serão
utilizados para desvelar a realidade objeto de nossa investigação; a segunda
seção chamará atenção para o terciário como fazendo parte do departamento III
da economia (produtor de não-mercadorias; a terceira seção lançará luzes para
o entendimento da realidade crise brasileira sobredeterminada pela atual
crise internacional.
Palavras-chaves:
Trabalho produtivo; trabalho improdutivo; dívida pública; desemprego; lumpem
proletariado.
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18:00 – 20:00h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa
Redonda
Coordenador:
Prof. Dr. Cristiano Coelho
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Economia Comportamental: Compreendendo a
"Irracionalidade" das escolhas/decisões”
Prof. Dr.
Cristiano Coelho, Prof. Dr. Lauro Eugênio Guimarães Nalini
Estudo para a prova
ou saio com os amigos? Vou à procura de trabalho ou faço faculdade? Desde as
decisões mais simples até aquelas que repercutirão em nossa vida por muito
tempo, a concepção de racionalidade tem servido de base para a compreensão do
comportamento, notadamente no estudo de escolhas e decisões que envolvem
consequências atrasadas ou prováveis. As falhas em tomar a melhor decisão (a
decisão racional em termos econômicos) eram relacionadas a interferências
indesejadas e as explicações para essas escolhas “irracionais” apontavam para
emoções. A partir do final da década de 1960 essas escolhas irracionais
começaram a chamar atenção por consistentemente ocorrerem em situações que as
explicações usuais não se mostravam satisfatórias, o que levou ao desenvolvimento
de uma área denominada Economia Comportamental. A proposta desta mesa é
apresentar e discutir alguns dos modelos da Economia Comportamental que
passaram a se ocupar com a descrição de decisões/escolhas, com um conjunto de
dados que tem indicado que os mesmos processos são responsáveis pelas
escolhas racionais ou irracionais, a partir da relação que essas
escolhas/decisões estabelecem com as alterações no contexto e nas
consequências. Com isso, a Economia Comportamental tem mostrado que apesar,
de violarem princípios lógicos, existe uma sistematicidade na
“irracionalidade”, permitindo compreender as escolhas atuais.
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20:00 – 22:00h Auditório Área IV
Mesa
Redonda
Clínica do trabalho: o diálogo que
transforma
Coordenador:
Prof.ª Dr.ª Kátia Barbosa Macêdo - PUC Goiás
As
relações de trabalho, pela sua centralidade na sociedade contemporânea têm
sido tema de investigações e intervenções nas ciências sociais, com ênfase na
psicologia, psicossociologia e psicanálise. Dentre várias abordagens, têm-se
sobressaído a clínica psicodinâmica do trabalho, talvez por priorizar as
discussões coletivas visando a transformação das relações de trabalho. O
objetivo desse texto é apresentar em linhas gerais a proposta da clínica do
trabalho, abordando sua teoria e a metodologia desenvolvida para sua utilização nos espaços
institucionais e ainda propiciar discussões acerca da importância desse
diálogo na promoção de saúde mental e física, bem como na prevenção do
adoecimento das pessoas que constroem e atuam nas instituições. A principal
contribuição centra na apresentação detalhada de cada etapa para a realização
do trabalho, enfocando tanto os requisitos quanto os objetivos relacionados a
cada etapa ou fase do desenvolvimento do trabalho.
Palavras
chave: psicodinâmica, metodologia, instituições, clinica do trabalho.
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20:00 – 22:00h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa
Redonda
O feminino e
o masculino da contemporaneidade
Coordenadora:
Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa - PUC Goiás
A temática a respeito do
Masculino e do Feminino tem sido amplamente discutida. Essa discussão deve-se
ao fato de que as diferenças de gênero constituídas social e culturalmente
deixaram marcas profundas na formação da identidade e na definição dos
espaços sociais masculinos e femininos que, com o desenrolar dos tempos, têm
sido revistos e atualizados. Parece ser essa a grande solicitação que se faz
presente, pois à medida que se revê e se atualiza, abre-se a possibilidade de
relações mais integradas e totalizantes. Pretende-se realizar algumas reflexões sobre este assunto, na perspectiva
Fenomenológico-existencial e na perspectiva Sistêmica, tomando como base as
implicações histórico-culturais na constituição desses universos. Destaca
algunsmarcos históricos que favoreceram a fragmentação dos papéis masculino e
feminino e, ao mesmo tempo, resgata-se
a possibilidade de sua interação via relação de reciprocidade,
configurando, assim, a totalidade masculino feminina.
Palavras chave: Masculino,
Feminino e contemporaneidade.
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O
feminino e o masculino da contemporaneidade
Prof.ª
Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa
PUC
Goiás
A
totalidade masculino-feminino
Prof.ª
Marta Carmo
PUC
Goiás
O
masculino e o feminino
Analice
Vinhal (UNIP)
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26 Setembro
2014 – Sexta-Feira
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07:30 – 09:30h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações
Orais
Coordenador:
Prof.ª Dr.ª Lenise Santana - PUC Goiás
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Gênero
e sexualidade na escola: uma análise dos discursos dos professores
Ednalva
Macedo Nunes, Prof.ª Dr.ª Lenise
Santana
PUC
Goiás
As discriminações de gênero,
étnico-racial e de orientação sexual, como também a violência sexista, são
produzidas e reproduzidas em todos os espaços da vida social brasileira.
Considerando que a escola é um lugar privilegiado para a produção e
reprodução de saberes e de cultura, entre eles gênero e sexualidade, tomamos
para análise uma experiência de
formação e aperfeiçoamento de professores/as - o curso de capacitação Gênero
e Diversidade na Escola – GDE. O corpus da pesquisa é composto por materiais
do curso como: fichas de inscrição, textos, manuais, relatórios, projeto
final, etc. O foco da análise está voltado para os repertórios sobre gênero e
sexualidade produzidos no decorrer do curso. Pretende-se analisar se os
cursos de capacitação continuada de professores/as apresentam-se como uma
alternativa capaz de propiciar novas reflexões acerca de gênero e diversidade
e, como educadores/as lidam com essas temáticas, tendo como aporte teórico
metodológico a vertente sócio-construcionista em Psicologia Social e os estudos
feministas e de gênero.
Palavras chave: Gênero,
Diversidade, Construcionismo social.
Noções
sobre empreendedorismo feminino na produção acadêmica em Psicologia
Zita
Christina Duarte Roriz, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC
Goiás
O processo do trabalho tem
acompanhado o ser humano desde os primórdios de sua existência. Desde então,
algumas diferenças passaram a nortear os processos laborais, como as
diferenças entre gêneros. A despeito da intensificação da participação
feminina no mundo do trabalho, tributo de incansáveis lutas dos movimentos
feministas para transformar as assimetrias entre os gêneros, ainda persistem
desigualdades entre homens e mulheres. Na esteira das intensas transformações
sociais da contemporaneidade surge a figura da mulher empresária. Nessa
comunicação pretendo apresentar um estudo exploratório sobre as noções de
empreendedorismo feminino que circulam na produção acadêmica em Psicologia.
Trata-se de uma pesquisa documental e tem como arcabouço teórico o aporte
teórico da Psicologia Social sócio-construcionista e os estudos feministas e
de gênero.
Palavras chave: Gênero,
Trabalho, Empreendedorismo, Construcionismo Social.
(Des)construções
de gênero e sexualidade: a autoajuda ajuda?
Marcelo
Marques Assis, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC
Goiás
Este estudo diz respeito a uma
pesquisa documental/qualitativa, que visa explorar a circulação das práticas
discursivas explicitadas no livro de autoajuda “Desvendando os Segredos da
Atração Sexual”. O foco das análises será voltado para as ideias, argumentos,
sentidos e propostas sobre gênero e sexualidade que estão em circulação no
livro. O conceito de gênero, adotado neste trabalho, refere-se aos aspectos
históricos, culturais, sociais e políticos das distinções existentes entre
homens (masculinidades) e mulheres (feminilidades). Intimamente relacionado a
esse conceito está o de sexualidade, compreendido pela abordagem
construcionista, como uma construção social que problematiza a naturalização,
a universalidade e seu caráter a-histórico. Visto que a literatura de
autoajuda reflete diferentes concepções acerca de gênero e sexualidade, serão
eleitos capítulos para compor o corpus da pesquisa e serão utilizados os
princípios teóricos e metodológicos orientados pelo construcionismo social
como uma postura des-reificante, des-naturalizante e des-essencializante para
as análises.
Palavras chave: Gênero,
Sexualidade, Construcionismo social, Autoajuda.
Feminismos
em rede: uma análise dos discursos feministas nas mídias digitais
Thaís
de Camargo Oliveira, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC
Goiás
O Movimento Feminista, assim
como os demais movimentos sociais, está passando por amplas e intensas
transformações tanto na sua forma de organização como nas estratégias de
atuação política. Uma das mudanças que se destaca é o fato dele se
caracterizar por novas formas de atuação e mobilização, diretamente
relacionadas às novas formas de comunicação disponibilizadas pelas mídias
digitais, que ampliam e amplificam os discursos, possibilitam visibilidade
aos diferentes grupos e vertentes e oportunizam a discussão, organização e
divulgação de encontros, movimentos, protestos por todo o mundo. Esta
apresentação objetiva fazer uma reflexão sobre os usos e as apropriações da
comunicação pelo feminismo, enfocando as lutas que pautam a mídia digital
feminista e as estratégias de comunicação que integram as ações do Movimento,
especificamente através da análise do discurso dos blogs. Para tanto,
utilizarei como arcabouço teórico o Construcionismo Social e as práticas
discursivas como proposta de análise.
Palavras chave: Movimento
feminista, Construcionismo social, Práticas discursivas, blogs feministas.
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09:45 – 12:00h Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa
Redonda
Comportamento
Alimentar: influência de fatores filogenéticos e ontogenéticos no desenvolvimento
da obesidade e de transtornos alimentares
Coordenadora:
Prof.ª Dr.ª Sônia Maria Mello Neves - PUC Goiás
O comportamento Alimentar
envolve a escolha, a quantidade de alimentos, a forma de ingesta bem como o
tempo dedicado a rituais de ingestão de alimentos. No comportamento alimentar
podemos identificar fatores filogenéticos e ontogenéticos que o influenciam.
Considerando que 25% da população mundial encontra-se em situação de
sobrepeso e obesidade e que de dois a cinco por cento da população desenvolve
em algum período da vida algum tipo de transtorno alimentar (Anorexia,
bulimia ou compulsão) objetiva-se apresentar o tema com vistas a identificar
as causas, o diagnóstico e o tratamento propostos para estes problemas visto
que se enquadram em objeto de atenção de políticas públicas preventivas e
assistenciais. Destaca-se, especificamente, a contribuição ou o papel do
profissional psicólogo na propositura de ações que visem a prevenção e a
adesão ao tratamento.
Palavras chave: Comportamento alimentar,
Obesidade, Transtornos alimentares.
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Transtornos
alimentares: classificação
Prof.ª
Dr.ª Sandra de Fátima Barboza Ferreira
PUC
Goiás
Os
transtornos de alimentação são definidos como graves perturbações do
comportamento alimentar que fazem com que a ingesta de alimentos deixe de
ocorrer com vistas ao equilíbrio energético e corporal. Manifestam-se pela
adoção de métodos restritivos ou purgativos e mesmo pela ingesta de alimentos
não convencionais ou de forma não convencional. Nesta categoria diagnóstica
encontram-se codificados a anorexia, bulimia e transtornos de compulsão
alimentar periódica. Quando diagnosticados na infância incluem pica e
ruminação. Estima-se que 5% da população mundial apresente algum transtorno
alimentar e que a prevalência destes transtornos é registrada na população
jovem e predominantemente feminina. A evolução destes transtornos cursa com
complicações neurológicas, cardiovasculares, pulmonares, gastrintestinais,
endocrinológicas, imunológicas, dermatológicas e odontológicas que demandam
ações em saúde pública. O acompanhamento dos casos envolve equipe
multiprofissional.
Palavras
chave: anorexia, bulimia, TCAP, compulsão.
Obesidade:
causas, tratamento e manutenção
Prof.ª
Dr.ª Sônia Maria Mello Neves
PUC
Goiás
Estima-se que 25% da população
mundial encontra-se na faixa de sobrepeso e obesidade o que implica no
delineamento de programas de ações preventivas de saúde pública. Apesar de
estudos de seguimento de tratamentos para obesidade apontarem resultados
insatisfatórios, tratamentos comportamentais da obesidade infantil de base
familiar, isto é que envolvem pais e crianças apresentam melhores resultados
a longo prazo. O prognóstico de tratamento comportamental pode ser diferente
para adultos e crianças, isso devido a questões metabólicas, como também pelo
fato de as ultimas terem histórias curtas de hábitos que podem levar ao
balanço energético positivo. Insatisfação com o peso alcançado no tratamento,
sedentarismo, falta de vigilância rotineira do peso corporal e tendência a
usar o comer para regular o humor são alguns comportamentos associados ao fracasso
da manutenção do peso.
Palavras chave: Obesidade,
família, tratamento comportamental, manutenção do peso.
Compulsão
alimentar e obesidade sob a perspectiva da análise do comportamento
Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto
Bueno
PUC
Goiás
O
comportamento alimentar é controlado tanto pelo estado biológico (metabolismo
de cada indivíduo) quanto pelas demandas ambientais: hábitos alimentares,
fatores comportamentais, culturais, disponibilidade de alimentos etc.
Considerado importante para a manutenção da saúde do indivíduo, além de ser
socialmente aceito quando o indivíduo mostra-se com controle. Por
consequência de variáveis ambientais, o comportamento alimentar pode
tornar-se inadequado, quando adquire diferentes funções. A compulsão
alimentar é decorrente da inadequação do comer, o que pode acarretar em
sobrepeso e obesidade. A obesidade é considerada como resultado de fatores
biológicos, ambientais e psicológicos. Assim, objetiva-se analisar as
variáveis comportamentais, cognitivas, emocionais, fisiológicas e ambientais
desencadeadoras e mantenedoras do comportamento alimentar compulsivo presente
na compulsão alimentar e na obesidade, bem como identificar formas de
intervir nesse padrão alimentar. Destaca-se a Análise funcional como um
procedimento útil na identificação dos antecedentes e consequentes que
geraram o padrão alimentar inadequado, assim como para o seu controle.
Palavras
chave: compulsão alimentar, obesidade, análise funcional, análise do
comportamento aplicada.
A
importância do acompanhamento psicológico
pré
e pós-cirúrgico na cirurgia bariátrica
Esp.
Ricardo Rodrigues Borges, Prof.ª Ph.D. Ângela Maria Menezes Duarte
PUC
Goiás
A
obesidade é resultado
da interação de fatores ambientais,
comportamentais,
emocionais e predisposições genéticas. Mundialmente,
ocorreu um aumento da disponibilidade
e da
ingestão de alimentos altamente calóricos. Ao mesmo tempo houve uma
diminuição da atividade física, por conta de um estilo de vida mais
sedentário, decorrente das mudanças nas formas de trabalho, aumento da
urbanização e
acesso ao transporte. Apesar de o tratamento
cirúrgico, conhecido comumente como cirurgia bariátrica, ser o tratamento que
mostra o melhor resultado a longo prazo, a obesidade é uma doença crônica que
tende a recorrer após a perda de peso.
O acompanhamento pré e pós-cirúrgico por uma equipe multidisciplinar é
fundamental. Técnicas utilizadas pela Terapia Cognitivo-Comportamental são apresentadas.
Palavras-chave:
obesidade, acompanhamento multidisciplinar, cirurgia bariátrica.
|
14:30 – 16:30h Auditório Área IV
Mesa
Redonda
Megaeventos esportivos:
oportunidades para a proteção e prevenção contra o tráfico de crianças e
adolescentes.
Coordenadora:
Prof.ª Dr.ª Adriana Bernardes Pereira
Prof.ª Ph.D. Benedito Rodrigues dos Santos (UCB /
UNICEF)
Casimira Benge (Coordenadora do Programa Crescer
sem Violência – UNICEF)
|
Lançamento
de Livros
26/09/2014
Horário: 14:30 –
16:30h
Local: Auditório
da Área IV
|
"Mulheres Brasileiras na Conexão Ibérica: um
estudo comparado entre migração Irregular e Tráfico".
Editora -
Appris .
|
Profª. Ph.D. Maria
Lúcia Pinto Leal
|
26/09/2014
Horário: 14:30 –
16:30h
Local: Auditório
da Área IV
|
A INFÂNCIA ENTRA EM CAMPO
Riscos e Oportunidades para Crianças
e Adolescentes no Futebol
Unicef
Relatório Mundial sobre
infância e adolescência
|
Srª. Casimira
Benge – Coordenadora do Programa Crescer sem violência, do UNICEF no Brasil
Professor Ph.D.
Benedito – UCB e Unicef
|
MINICURSOS
14:30 – 16:30 h (Dias
23, 24, e 25/09/2014) Salas 305, 306, 307 (Bloco C) e Sala de Defesa (Prédio da
Reitoria) – Área IV
23 Setembro 2014
14:00
– 18:00h | Sala de Defesa – Prédio da Reitoria – Área IV
|
O papel do
analista do comportamento na prevenção das psicopatologias
Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno – PUC Goiás
Este
minicurso tem por objetivo destacar a importância do papel do analista do
comportamento para a prevenção das chamadas psicopatologias, ou
comportamentos-problema. A ampla literatura, tanto na abordagem funcional
quanto na abordagem tradicional, destaca trabalhos, com resultados eficientes
ou não, porém focados na intervenção, que é a tentativa para o
restabelecimento da condição de saúde. Ou seja, ações tanto médicas quanto
analítico-comportamentais na fase secundária da saúde, isto é, a clínica,
quando já são evidentes os prejuízos verificados à saúde do indivíduo. Assim,
este minicurso apresentará resultados de pesquisas em três vertentes: (a) o
estudo e a forma de intervenção nas psicopatologias pelas abordagens
tradicional e funcional; (b) as demandas sociais versus repertórios básicos
de comportamentos e suas implicações para a instalação das psicopatologias; e
(c) o papel do analista do comportamento propriamente dito nas prevenções
dessas problemáticas.
Palavras
chave: psicopatologias, abordagem tradicional, abordagem funcional, análise
do comportamento aplicada.
O estudo das
psicopatologias de acordo com as abordagens tradicional e funcional
Maíra Ribeiro
Magri – PUC Goiás
Este
trabalho objetivou investigar a forma de pesquisa, atuação e práticas
clínicas desenvolvidas pelas abordagens tradicional (biológica) e funcional
(comportamental) no estudo das chamadas psicopatologias. A psicopatologia é
uma área do conhecimento que objetiva estudar os estados psíquicos
relacionados ao sofrimento mental. Dois importantes instrumentos de pesquisa
e de classificação têm sido utilizados: a CID e o DSM. Skinner coloca que os
comportamentos-problema dos seres humanos são explicados e mantidos por meio
do modelo de seleção por consequências. Assim, a Análise do Comportamento
explica essas classes de respostas a partir de sua funcionalidade: uma
resposta que sofreu variação e foi selecionada, logo, sua probabilidade de
ocorrência futura é função de sua consequência, seja ela reforçadora ou não.
Logo, a descrição do comportamento como “doença”, salientam os analistas do
comportamento, é incoerente uma vez que se ele ocorre está em função de haver
algum valor adaptativo àquele que se comporta.
Palavras
chave: psicopatologias, visão tradicional e funcional do comportamento,
análise do comportamento aplicada.
Demandas
sociais versus repertórios básicos
de comportamentos:
suas
implicações à instalação das psicopatologias
Guliver
Rebouças Nogueira – PUC Goiás
Os
seres humanos estão organizados em sociedade. Para que haja uma ordem e que
essa sociedade caminhe para o progresso, há a necessidade de regras e
demandas. Assim, cada indivíduo, nela inserido, precisa apresentar
comportamentos que correspondam ao cumprimento das mesmas. Porém, para que
este consiga cumprir eficazmente regras e demandas, momento em que há a
possibilidade da ocorrência de consequências reforçadoras, é necessário que
possua um repertório de comportamentos específicos e eficientes. Quando do
contrário, provavelmente haverá a liberação de consequências punitivas, que
podem desencadear diversas reações fisiológicas desagradáveis. Um dos fatores
para o não cumprimento de regras e demandas pode ser a falta de competências
comportamentais para tal. Assim, o objetivo deste trabalho foi o de
demonstrar que repertórios ineficientes favorecem as inadequações sociais, que
levam a ocorrência de consequências aversivas, e estas possibilitam a
instalação das chamadas psicopatologias.
Palavras
chave: demandas sociais e repertório deficitário, psicopatologias, análise do
comportamento aplicada.
O papel do
analista do comportamento na prevenção das psicopatologias
Prof.ª Ms.
Lohanna Nolêto Bueno (Universidade Salgado de Oliveira)
A
Análise do Comportamento aplicada consiste na aplicação dos princípios do
comportamento e na verificação da ocorrência de mudanças no operante estudado.
Um dos papéis relevantes a ser cumprido por um analista do comportamento é o
de demonstrar quais variáveis causaram e quais estão mantendo o
comportamento. Assim, abarca comportamentos socialmente e/ou clinicamente
relevantes para promover a modificação e demonstrar a possibilidade de
generalização. Este trabalho objetiva: (a) destacar os resultados clínicos
produzidos pela Análise do Comportamento Aplicada, porém, (b) advertir
analistas do comportamento para o seu importante papel na condição primária
da saúde, ou seja, garantir a manutenção da saúde e não apenas funcionar em
sua condição secundária, a clínica, ou o tratamento das condições clínicas
que implicam já ter havido prejuízos à saúde do indivíduo. Logo, o seu papel
na prevenção das psicopatologias.
Palavras
chave: prevenção de psicopatologias, análise do comportamento aplicada, o
papel do analista do comportamento.
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14:30
– 16:30h | Sala 306 – Bloco C – Área IV
|
Estratégias
para trabalhar a análise funcional em psicoterapia clínica:
avaliação e
intervenção
Prof. Ms.
Thiago de Oliveira Pitaluga – PUC Goiás
Analisar
funcionalmente é compreender o resultado produzido da interação pessoa com
seu ambiente. Todo este efeito pode ser relacionado através da identificação
das variáveis responsáveis pela ocorrência dos comportamentos. O
comportamento então deve ser investigado de forma funcional, ou seja, através
da contingência. De fato que, conhecer a relação entre os eventos é que
possibilita fazer uma análise funcional. Assim, todo o comportamento está em
função das variáveis externas. Na terapia, a análise funcional é este
instrumento valioso quando se trata da identificação das queixas do cliente,
bem como de sua história vida e todo o processo de avaliação e intervenção.
Partindo deste pressuposto, o presente estudo tem por objetivo propor
estratégias para o trabalho em psicoterapia com utilização da análise
funcional como instrumento de avaliação, intervenção e desenvolvimento de
novas estratégias para o trabalho clínico.
Palavras
chave: Análise funcional, psicoterapia, avaliação, intervenção.
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14:30
– 16:30h | Sala 307 – Bloco C – Área IV
|
Definindo a
esquizofrenia do ponto de vista comportamental
Prof.ª Dr.ª
Ilma A. Goulart de Souza Britto – PUC Goiás
A
esquizofrenia é definida como transtorno psicótico no Manual Diagnóstico e
Estatístico dos Transtornos Mentais, o DSM-IV-TR, da Associação Americana de
Psiquiatria - APA (2002/2003). A definição do termo psicótico é limitada a
delírios ou alucinações. Considerando as descrições apresentadas pelo manual
da APA, a esquizofrenia é definida como um misto de sinais e sintomas
positivos como delírios, alucinações e negativos como disfunções cognitivas e
emocionais marcantes, que persistem por um período entre 1 a 6 meses, quando
se verifica ainda disfunção social ou ocupacional.
Palavras
chave: Esquizofrenia, Análise do comportamento, definições.
O estudo do
comportamento humano a partir da abordagem analítico-comportamental
Prof. Ms.
Júlio César Alves – PUC Goiás
Como
se nota, a abordagem analítico-comportamental difere da visão proposta pelo
DSM-IV-TR. Na abordagem analítico-comportamental o comportamento assume um
papel primário, em vez de secundário, sem nenhuma outra entidade localizada
subjacente. O comportamento é algo que a pessoa faz. E melhor enfocado na
forma de verbos, em função de especificarem ações. O interesse principal
dessa abordagem é nas condições ou eventos que exercem efeitos sobre o
comportamento (Skinner, 1953/2000).
Palavras chave: Comportamento humano, abordagem
analítico-comportamental, efeitos comportamentais.
Contingências
responsáveis pelo comportamento verbal do esquizofrênico
Prof.ª Ms.
Maristela Miranda de Carvalho Castro – PUC Goiás
Assim,
os analistas do comportamento buscam as contingências que são responsáveis
pelo comportamento verbal do esquizofrênico e as circunstâncias pelas quais
seus conteúdos verbais se inserem (Britto, 2011). Nota-se que a atenção
social é frequentemente dispensada ao comportamento verbal inapropriado do esquizofrênico
que de acordo com Miranda e Britto, (2011) ora fala de modo estranho,
incoerente ou falso, isto é, delira; ora se comporta como se visse, ouvisse
ou sentisse estímulos que não estão presentes, isto é, alucina. E na
tentativa de elucidá-lo, esse tipo de comportamento vem se constituindo um
importante tema de investigação na ciência do comportamento. Britto (2004)
sugere que para compreender a esquizofrenia é necessário observar os
comportamentos estranhos ou 'bizarros' do indivíduo diagnosticado com ênfase
na função e conteúdo de suas verbalizações. Observa-se que a fala do
esquizofrênico é também, na maioria das vezes, incoerente, indesejada e com
conteúdos misteriosos.
Palavras
chave: Contingências, esquizofrenia, comportamento verbal.
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24 Setembro 2014
14:30
– 16:30h | Sala 306 – Bloco C – Área IV
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O significado
do aqui-e-agora na prática clínica da Gestalt-terapia
Prof.ª Dr.ª
Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa – PUC Goiás
A
Gestalt-terapia exige uma disciplina rígida, como no Zen, para compreender o
significado do agora e do como, deixando de lado tudo o que não esteja
contido nessas palavras. Enfatiza que, o agora inclui tudo que existe, o passado já foi e o futuro ainda não é.
Essa disciplina rígida, se deve ao fato desse conceito de “agora” ser um dos
menos compreendidos na Gestalt-terapia. Nesse sentido, o mini-curso refletirá
o agora como sendo o presente, o ponto zero, momento percebido, carregado
pelas memórias e pelas antecipações. Entretanto, será ressaltado também que,
é preciso considerar que o presente é uma movimentação entre o passado e o
futuro e que, não lembrar e nem antecipar, são distúrbios da awareness do tempo, tanto quanto, o se
comportar como se lá estivessem. Pretende-se finalmente, discutir a atitude
fenomenológica, como uma forma de retornar a experiência presente,
considerada um antídoto à pessoa em sofrimento, com funcionamento neurótico,
que com seu modo de viver anacrônico tem dificuldade em vivenciar o presente,
se auto interrompendo com situações inacabadas do passado, apesar de que,
seus problemas existirem no aqui e agora.
Palavras chave: Gestalt-terapia,
temporalidade, aqui-e-agora.
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14:30
– 16:30h | Sala 307 – Bloco C – Área IV
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Direitos
Humanos e as novas práticas da psicologia jurídica
Lila Maria Spadoni
Lemes – PUC Goiás
A
psicologia jurídica é um campo de atuação recente e por isso apresenta muitos
desafios. Entre eles destaca-se um exame minucioso de suas novas práticas a
luz dos direitos humanos, que pode servir enquanto ferramenta teórica que impeça
a psicologia de propor práticas que pareçam bem intencionadas, mas que se
insiram em algum tipo de violação de direitos. Essa análise também é
necessária para que a psicologia não caia na tentação de se transformar em
uma ferramenta do Direito, limitando seu papel e sua função.
Palavras
chave: Psicologia Jurídica, Direitos Humanos, Violação de Direitos.
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14:00
– 18:00h | Sala de Defesa – Prédio da Reitoria – Área IV
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Medos diversos:
o que são e como controlá-los
Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno – PUC Goiás
Prof.ª Ms.
Lohanna Nolêto Bueno (Universidade Salgado de Oliveira)
Nelson Alves
do Nascimento – PUC Goiás
Larissa
Andrade Bento – PUC Goiás
Janaína Gomes
de Souza – PUC Goiás
Resumo
Geral – A Ciência do Comportamento estuda respostas fisiológicas e emocionais
evocadas diante de situações relacionadas a perigos ou ameaças. Entre essas
respostas inclui-se o medo, o qual, por sua vez, implica na ativação do
Sistema Nervoso Autônomo Simpático e na redução da atividade do Sistema
Nervoso Autônomo Parassimpático. O medo é uma emoção universal e altamente
necessária, dado o seu valor de proteção dos organismos e de sobrevivência
das espécies. Dessa forma, considera-se normal essa resposta emocional quando
é eliciada diante de ameaças reais, resposta que se normaliza quando o perigo
não está mais presente ou quando se avalia que a situação não era de fato tão
ameaçadora. Assim, o objetivo deste minicurso é viabilizar recursos para
compreensão de como são instaladas e mantidas as respostas de medos, além de
diferenciar medo normal de anormal, descrever como se dá a aprendizagem dos
mesmos e apresentar procedimentos para controle de tais respostas.
Palavras-chave:
fisiologia do medo; eventos eliciadores e mantenedores do medo; controle do
medo; análise do comportamento.
Primeiro
Subtítulo - Medo: resposta de medo
normal e resposta de medo anormal
Ministrantes:
Prof.a Dr.a Gina Nolêto Bueno e Prof.a
Ms Lohanna Nolêto Bueno
Resumo:
Para se descrever o medo como normal, leva-se em consideração a sua função
básica: proteção contra ameaças. Por sua vez, quando o medo se torna
excessivo e persistente diante de situações ou eventos que não representem
ameaças reais, pode-se considerar a ocorrência de medos fóbicos. Nesse último
caso, ainda que o indivíduo consiga reconhecer que o seu medo não é racional,
frequentemente ele irá se esquivar ou fugir daquelas situações em que possa
entrar em contato com o objeto temido, a fim de evitar, inclusive, as
respostas fisiológicas deste. A análise topográfica dos comportamentos
fóbicos engloba os seguintes sistemas de respostas: (a) verbalizações
privadas, geralmente sobre a falta de repertórios para lidar com a situação;
(b) respostas fisiológicas, decorrentes da ativação do Sistema Nervoso
Autônomo Simpático, tais como, taquicardia, sudorese, tremor etc.; e (c)
comportamentos públicos, como roer unhas, postura rígida etc.
Palavras-chave:
medo normal; medo fóbico; reforçamento negativo.
Segundo
Subtítulo: Medos normais e fóbicos:
como se dá sua aprendizagem
Ministrantes:
Nelson Alves do Nascimento e Larissa
Andrade Bento
Resumo:
O medo pode ser aprendido basicamente de três formas: (a) por condicionamento
direto, que implica na aprendizagem por meio do contato com a contingência;
(b) por condicionamento indireto, que se dá por meio da observação de outros
indivíduos interagindo com perigos; (c) por transmissão de informações, que
pode ocorrer por meio de uma educação que ressalte a importância dos diversos
riscos de perigo. Um exemplo de condicionamento direto de medo é descrito no
experimento com o pequeno Albert, conduzido por Watson e Rayner no princípio
do século passado. Esse estudo consistiu em emparelhar estímulos
anteriormente neutros para a criança (e.g., ratos albinos e outros objetos
brancos), à emissão de um ruído alto e desagradável, um estímulo
incondicionado para gerar-lhe respostas condicionadas de medo. Após
sucessivas ocorrências da apresentação dos dois estímulos, com proximidade
temporal, o pequeno Albert passou a chorar e fugir diante da apresentação dos
referidos objetos.
Palavras-chave:
condicionamento direto do medo; condicionamento indireto do medo; transmissão
de informações para a instalação da resposta de medo.
Terceiro
Subtítulo - A função dos reforçadores
na aprendizagem do medo
Ministrantes:
Prof.a Dr.a Gina Nolêto Bueno e Janaína
Gomes de Souza
Resumo:
A reação de alarme diante do perigo é sucedida por uma série de reações
fisiológicas desconfortáveis, desde taquicardia e sudorese até sensação de
desmaio. Quando essas reações são muito intensas, o indivíduo passa a temer e
a evitar não apenas o estímulo que as gerou, como suas próprias sensações
corporais. Assim, o indivíduo, ao se esquivar e/ou fugir das situações,
produz a sensação de alívio, o que reforça negativamente esses
comportamentos. Entretanto, esse conforto é transitório, pois quando de novas
situações aversivas, essas respostas fisiológicas se intensificarão, o que
concorrerá para a manutenção do medo e redução da competência comportamental
do indivíduo de enfrentar, de forma eficiente, tais contingências.
Consequentemente, ao se isolar para evitar situações evocadoras de medo, por
se sentir continuamente ameaçado, pode obter vários prejuízos, quando a
resposta de medo intenso ganha diversas nomenclaturas, os chamados
transtornos psiquiátricos de ansiedade.
Palavras-chave:
respostas fisiológicas do medo; respostas de fuga e esquiva; transtornos
ansiosos.
Quarto
Subtítulo - Manejo do medo
Ministrantes:
Prof.a Dr.a Gina Nolêto Bueno e Prof.a
Ms Lohanna Nolêto Bueno;
Resumo:
Dada a condição de medo produzir resposta incapacitante nos indivíduos a que
o sentem, é relevante apresentar recursos para o seu controle, resposta essa
que é resultado da história de aprendizagem do indivíduo. A aprendizagem pode
ser dar: por práticas parentais utilizadas para evitação de condições de
perigos; pela modelação, especialmente, favorecida pela observação de
respostas de temores apresentadas pelos genitores destes etc.; além das
verbalizações privadas, ou seja, aquilo que os indivíduos dizem a si mesmos
sobre o ambiente e sobre si. Ao se investigar essas variáveis envolvidas na
aquisição e manutenção das respostas de medo intenso, algumas intervenções
podem ser utilizadas para o seu controle: questionamento socrático;
dessensibilização sistemática; relaxamento; dentre outros procedimentos para
o manejo das respostas ansiosas e fóbicas.
Palavras-chave:
medo incapacitante; controle da resposta de medo; manejo da resposta de medo.
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25 Setembro 2014
14:30
– 16:30h | Sala de Defesa – Bloco C – Área IV
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Educar
sem Palmadas: Agora é Lei
Prof.ª
Ph.D. Ângela Maria Menezes Duarte – PUC Goiás
O minicurso apresenta de forma clara e
objetiva os princípios da Análise Aplicada do Comportamento que podem ser
usados por pais para reduzir a frequência de comportamentos inapropriados dos
filhos como birra, agressão, etc. Muitas famílias usam a palmada como método
de correção de comportamentos indesejáveis dos filhos. Contudo, esta forma de
Punição é bastante ineficaz. Métodos alternativos e mais eficazes serão
apresentados.
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14:30
– 16:30h | Sala 306 – Bloco C – Área IV
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Intervenção
Psicossocial em Suicídio – Prevenindo o Contágio
Jociane
Sobreira Lessa – PUC Goiás
As
intervenções psicossociais são formas de atuação em uma problemática que se
apresenta constituída por elementos psicológicos e sociais. É um tipo de
trabalho realizado em grupos, visando a transformação de uma realidade e/ou
prevenção de uma problemática vislumbrada. Na contemporaneidade são diversas
as situações que podem ser trabalhadas mediante intervenções psicossociais:
violência urbana, desastres naturais, suicídio, dentre outras. O suicídio é
um fenômeno psicossocial, uma vez que é uma decisão individual mas fortemente
dotado de uma repercussão social. A ideia do contágio está contida na
problemática do suicídio uma vez que as estatísticas evidenciam que a
repercussão de uma ocorrência pode aumentar a incidência de novos casos.
Portanto, este mini-curso pretende reunir conceitos e ensinar estratégias
metodológicas de intervenção psicossocial em suicídio com o objetivo de
oferecer às comunidades um espaço de discussão acerca do tema, gerando a
prevenção de novos casos.
Palavras
chave: Suicídio, Intervenção Psicossocial, Prevenção.
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14:30
– 16:30h | Sala 307 – Bloco C – Área IV
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Escolha de uma
Profissão como um Processo de Ganhos e Perdas
Prof.ª Esp. Vera
Lúcia Morselli – PUC Goiás
Roberdan
Ferreira de Oliveira – IDF
Ao
escolher uma profissão, uma forma de se envolver no mundo do trabalho a
pessoa mobiliza imagens que adquiriu durante sua vida. Portanto, ao
introduzir a questão da escolha profissional faz-se necessário discutir os
valores, a importância, a necessidade ou não desta opção para o sujeito, bem
como a reflexão sobre os modelos de escolha que existem na sociedade.
Escolher significa exatamente ter que se posicionar entre as possibilidades
colocadas que são igualmente atrativas e contêm também desvantagens. Qualquer
escolha implica risco. Escolha sem risco não é escolha. A insegurança faz
parte de qualquer decisão. Escolher uma profissão implica perda, a perda das
outras, pelo menos temporariamente. Escolher algo pressupõe que a pessoa
conheça a realidade que contextualiza a decisão, que se autoconheça e esteja
informada a respeito das possibilidades do mercado de trabalho. Escolher uma
profissão é um desafio e um ato de coragem.
Palavras
chave: Escolha profissional, reflexão, posicionamento, ganhos e perdas.
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